Pièce de resistance

Retomando esta caixa de quinquilharias, venho por este meio dar uma corzinha com a melhor teoria jamais elaborada por alguém como eu..sem sentido!

Quero portanto explicar a razão do cansaço que sentimos ao chegar à velhice ou já na meia-idade. Tomemos como exemplo o uso dos transportes públicos.

Aos dezasseis anos considero-me plenamente na flor da idade, não criança demais e também ainda não adulta demais, visto ainda não ter atingido a maturidade legal para arcar com montes de responsabilidades. Fico-me pelas responsabilidades medianas, apenas o que se relaciona com os meus ideais, sonhozinhos e até a carreira. Frequento diariamente o metropolitano, duas linhas, dezasseis estações, como a dita tenra idade. Logicamente será sempre mais agradável sentar-me ao longo de ambas as viagens, considerando o facto de além de 48 kg, carregar uma mochila, uma mala e ocasionalmente a capa (que dá o ar de andar em artes). Mas, como ocorre no metro e ainda mais frequentemente nos adorados autocarros, há sempre velhinhos..ou melhor, velhadas que me querem tirar o lugar. Sim, estão cansados, e então, se eu der o meu lugar cada vez que venho da escola às 18 horas para uma viagem de 30 minutos, sujeito-me a chegar ainda mais cansada aos 50 anos!!

Cheguei portanto ao núcleo, se dou o meu lugar em jovem, chego cansada à velhice..pelo simples facto de não usufruir do meu direito de viajar sentada. Infelizmente, a minha consciência até deixa os mais antipáticos velhos tomarem o lugar..maldita seja ela!